segunda-feira, 27 de abril de 2009

39 anos de Irapuã e 17 anos de Tocantins

(25 e 26 de abril)

Aquela história da jornada em Monte Verde daria um post por si só de tão longa, durou pelo menos metade do caminho até o terminal do Carrão, onde iríamos buscar a May. E pra variar ela desceu no terminal errado e ficamos esperando uma cota pela dondoca. Mas tudo bem, o que vale é ela entrar no carro e dizer:
- Nossa, hoje você tá pegável! Mas só digo isso porque sou a água da sua conserva, Picles!
Desenbarcamos na sede do Irapuã (após um desvio no caminho) e fomos recebidos por um "isso porque a festa começava às duas" do Bruno. Ué, a gente nem chegou tão atrasado, eram umas 19h quando chegamos. Pior o povo do Mopyatã, do Parecis e adjuntos, aquilo sim é atraso. Sem falar no Caio do São Paulo que chegou para a canção da despedida. Assim sendo, nosso clã até que está bem na fita.
Perambulamos pela sede toda, com a May de guia (afinal ela nasceu lá). Certo momento passamos pela divisória da alcatéia, onde havia um cubículo pra cada matilha, divididos por uma muretinha, onde a May sentou e encostou os pés na mureta do outro lado:
-Eu lembro que quando era lobinha não conseguia alcançar as pernas até o outro lado.
Eu respondi dizendo que era bem possível que eu ainda não conseguisse. Da próxima vez não vou tentar pra não passar mais ridículo. O que mais gosto dessas atividades em outro grupo são as histórias que contam ou de coisas que acontecem e fazem o nosso clã lembrar de algo que só a gente entende, por exemplo durante o Hino Nacional que eu e o Re nos seguramos para não rir na "flâmula".
No Fogo de Conselho, demos muitas risadas com as esquetes, principalmente aquela do "então canta baixinho no meu ouvido" e não faltaram canções. Maraca (também conhecida como barata e maritaca), vou te dar um milhão e até o Canguru (ainda mato alguém). Terminado o Fogo, partimos para a comilança, mesmo que interrompida por intermináveis ligações do pessoal do Tocantins querendo saber que horas chegaríamos, como iríamos, em quantas pessoas, avisando o horário do último ônibus etc etc.
Fatigados pela comida, partimos em nada menos do que 15 pessoas (Pedra Grande, Atibaia, Mopyatã, Parecis, Ventos do Sul, Iapira, Irapuã, São Paulo, Jaçanã), prontos para pegar ônibus, metrô e ônibus até chegar na vila Piauí. Não vou contar do mega tombo micástico do Allen com a mochila pra cima do Blessa ou do discurso do Wanderley:
- Dois metros e dez de puro sonho. E não era sonho de padaria, hein!
Só porque ele queria ter estado no lugar do Wagner durante a aula de jiu jitsu no Acampio passado. Posso só pensar??? Não pense que os micos dentro do metrô foram poucos, ainda piora. Quando entramos afinal no 8060, último ônibus 23h25, começou o show. Foi de Velhas Virgens a Balão Mágico. Não sei como o resto das pessoas normais (não escoteiras) aguentaram aquilo. Tinha uma mulher fazendo conta e outra gargalhando a cada vez que o coro dizia "Abra as pernas". Queria que abrisse um buraco sob os meus pés, quanto lamento, o motorista deve ter ficado aliviado quando descemos no último ponto.
Descobrimos que a noite era uma criança quando abriram as portas da sede do Tocantins. Detalhe que na porta havia um panfleto falando sobre advinha o que? Auto exame bucal contra câncer de boca! A única que dormiu foi a Karol, se é que conseguiu com as pessoas entrando e falando alto a cada minuto. Passaram uma boa parte na jogatina de pôquer e a casa da Valdeci virou a segunda caverna com direito a macarronada, arroz, carne e ovo em plena madrugada. Infelizmente não tinha bacon, Allen!
Pensa que a galera foi dormir depois? Tolo engano, ficamos na praça trocando histórias pioneirísticas e ensaiando a famosa aranha pioneira com diversas versões e tombos fodásticos. Até que aos poucos as pessoas foram se voltando para o sono e adentrando a sala para dormir (ou tentar). Só sei que foi um quebra-cabeça pra fazer todo mundo caber lá dentro e ainda não entendo como coube, um encaixadinho no outro, com todo cuidado e respeito. Eram 5h40, cobertas compartilhadas, luz cegante do Bruno, pipocas voadoras e o ronco do Leandro. Tenho a impressão de que cinco minutos depois o Rael começou a bater na porta lá embaixo e tivemos que ir levantando. Ha, piada do dia, né. Pioneiros levantando?
-Pra que? A abertura é só 11 horas!
Mas de tanto os sêniores e chefes ficaram passando e pulando por sobre eles para pegar materiais na sede, acabou que logo mais todos estavam de pé e desejando um café forte e quente. Por isso que adoro as mães do Tocantins. Café e pãozinho pra gente, não tem como reclamar de hospitalidade. Só esqueci de avisar que não pode dar café pra Mayara.
As horas seguintes passaram tão rápido que não tenho muita noção de tudo o que aconteceu e muito menos de cronologia. Em algum momento os pioneiros se ajeitaram com escoteiros e até sêniores para a cantoria. Eu já disse que não aguento mais o canguru? É, eu não sou um canguru e todo mundo já sabe. Mas, não adianta, eles insistem. E pra quem não aprende que se fazer de difícil é um mau caminho, levei um tchutchu e depois um abraço coletivo esmagador que me deixou enfurecida. Ainda penso se vale à pena perdoar.
Durante a abertura, não ouvimos muita coisa já que o Rael estava rouco e tinha uma "Arca do Maluco" no último volume ali do lado. Foi estranho uma ferradura de pioneiros tão cheia, estou pra ver outro momento desses. Pra quem ficou curioso em saber o que era a tal da "Arca", nós também ficamos e entramos na fila, subimos no passeio no quarteirão cantando "Clã pioneiro apareceu, a Sênior vai louvar! Clã pioneiro é o melhor, a Sênior nunca vai nos superar! Esse é o Clã-ã-ã-ã-ã que a união formou! Clã Pioneiro do Estado, louvemos a BP! SERVIR!"
Atrativos não faltaram na festa, teve dança paraguaia da chefe Sabrichu e mais tarde um grupo de pagode com uma letra que poderia ser proibida para menores. Tudo bem que eu distendi minha perna ao subir a escada da tirolesa, eu tenho carma com essa tirolesa, mas pelo menos não derrubei madeira na cabeça de ninguém este ano. Ainda levei um segundo tchutchu com a perna lesada antes de ir embora, isso prova que as pessoas não se compadecem nem um pouco de mim.
Não pudemos ficar até o final da festa, mas todos os momentos foram divertidos e posso garantir que foram festivos à la clã.
Parabéns, Irapuã e Tocantins!
(vou aproveitar e dar parabéns pro Mestre Gehre também, que completa 25 aninhos hoje)

Dia do Voluntário

(25 de abril)
Como todos os anos acontece em nossa pequena cidade de interior, no último fim de semana de abril, a instituição Lions Club organiza a Feira Lions de Saúde. Desta vez, foi a décima sexta feira, que aconteceu num sábado. Os Grupos Escoteiros Pedra Grande e Ar Atibaia (com apoio do GEBRAPA) participaram ativamente da Feira, instruindo sobre cuidados bucais, auto-exame bucal contra o câncer de boca e distruibuição de panfletos da defesa civil.
A Feira sempre foi uma ótima oportunidade de intercâmbio entre os escoteiros e as demais instituições e escolas da cidade (além da divulgação do movimento que ocorre por tabela). Claro que também se torna um celeiro de situações estapafúrdias do clã pioneiro. Primeiro que logo na abertura do evento, hasteamento das bandeiras, mandaram o clã acompanhar as autoridades. Ainda não dá pra entender como as pessoas decoram o hino de Atibaia, é longo demais e gruda na cabeça (como demonstrou a May no fim de semana inteiro).
Depois juntamos quatro pioneiros e uma guia (nome de filme [2]) para indicar aos idosos, fundamentalmente, a localização da barraca do exame bucal contra o câncer de boca. Apesar das inúmeras desculpas bizarras que ouvimos das pessoas para fugir do exame, conseguimos levar um número razoável de pacientes até lá. E nesse meio tempo um grupo de palhaços que distribuíam corações de borracha ("Eu te dou meu coração") ficou seguindo a gente. Depois não sabem por que o clã desenvolve síndrome de perseguição. Só sei que devemos ter juntado um total de 9 corações, estamos arrasando!
Apesar de o Renan ter acabado com a minha moral dizendo para os escoteiros que eu estava arrecadando camisinhas e a cada dez minutos aparecesse um escoteiro, sênior e até chefe trazendo um panfleto informativo sobre DST com uma camisinha grátis, apesar disso eu supero essas situações ridículas. Pena que as camisinhas vinham individuais, se viesse numa cartela inteira, disseram que dava pra fazer um cinto do Batman. Posso só pensar???
Não contente com isso, quando recebi o panfleto de prevenção do câncer de mama, ainda tive que ouvir um "posso te acompanhar?" de um dos palhaços, o que rendeu mais piadinhas infames do clã, que está começando ficar pop.
Tivemos também que levar a dengosa da May até a rodoviária, só pra ela dizer que tinha pessoas dando tchauzinho quando o ônibus fosse embora. E fiquei impressionada com a boa vontade do Hick de ajudar os velhinhos a encontrar a barraca do exame bucal (só não esquece de me mandar os relatórios) e de acordo com o Renan:
- Lendo este panfleto dá pra você se auto-examinar...
Ai, que dor na minha gramática e aposto que a Yas diria o mesmo. No final do evento, quando já tinham acabado os panfletos e as amostras grátis de enxaguante bucal, algumas pessoas ociosas contentam-se com um modelo de arcada dentária plástica. E planos gerais para o Acampmaio no próximo fim de semana.
Assim que nos dispensaram, hora do almoço.
Eu e o Re, a vontade de ir no Irapuã era tanta, que aceitamos participar de outra atividade voluntária à tarde com o Atibaia, só pra pegar carona com o pai da May. Juntamos com a sênior na Escola Carlos José Ribeiro pra comemorar o dia mundial do voluntário. Acredite, naquele dia a gente sabia muito bem o que era isso. Só que tinha pouca gente naquela comemoração, em virtude da Feira da Saúde, então aproveitamos para ter um conversa agradável e instrutiva. O funcionamento da mente pioneira quase sempre é um mecanismo criativo.
- Renan, você tá me devendo uma!
Fomos convidados para um passeio de balão no fim de junho (algo bem relaxante para uma pós-pré-vigília. E quando tivemos a idéia de conversar com a diretora da escola sobre uma possível parceria com o clã futuramente, tarde demais, ela já tinha saído. O sono afeta a rapidez de raciocínio. Nós apenas pensávamos saber o que era sono, no dia seguinte poderíamos mudar de idéia. Pegamos a bagagem e partimos rumo ao Irapuã, com um certo Fernandinho me enfurecendo de perguntas e o pai da May contando histórias de jornada para Monte Verde.
[continua...]

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Dia mundial do escoteiro


Alerta, escoteiro!
Comemore este dia, lembrando de todos os demais dias do ano, em que você se empenhou para estar sempre alerta. Algumas vezes até deixando de dormir para executar todas as suas tarefas. Deixar o campo de patrulha em ordem para a inspeção do dia seguinte, beber litros de café pra se manter acordado numa pré-vigília ou para revesar a vigia de campo, não deixar nenhum macaco atacar a comida da patrulha, planejar por msn a atividade da semana com o resto da chefia que mora longe. Lembre-se também que muitas vezes ficou acordado até altas horas por opção nos jogos noturnos, tocaia, trilha, roda de violão, conversas sob o toldo, entre tantas outras coisas.
Estar sempre alerta e preparado para o desconhecido, chegar com sua patrulha num acampamento de um grupo novo ou chegar até mesmo sozinho e conhecer novas pessoas ou reencontrar velhos conhecidos.
Vencer uma competição de patrulhas ou ser derrotado e ainda assim gritar fortemente o seu Bravo Bravíssimo. Admitir que trapaceou em uma competição pelo simples fato de não querer ficar com a consciência pesada ecoando "O Escoteiro é leal".
Fazer compras no supermercado com a sua patrulha andando em bandos pelos corredores e discutindo sobre o cardápio do almoço. Preparar o almoço sem fogareiro e às vezes até sem panelas. "Ao senhor agradecemos alelu-u-ia o alimento que teremos alelu-u-ia", apesar de algumas vezes cru ou queimado ou com pedaços de fuligem, grama, entre outras coisas. E passar sempre a tradição de que o novato é quem lava a louça, mesmo que você odiasse isso quando era o novato.
Descobrir lugares que você jamais imaginaria conhecer e viver momentos inesquecíveis, como por exemplo ver sua barraca alagada ou encontrar seus mantimentos revirados por um cachorro ou enterrar pacotes de bolachas para não serem confiscados pela chefia. Encontrar seu melhor amigo dentro do movimento e também um adversário à sua altura. Algumas vezes ver o seu grande adversário se tornar um dos seus melhores amigos.
Levar bronca dos seus pais pelo estado deplorável do seu joelho, do seu uniforme ou da sua mochila após uma atividade de ralo ou de um acampamento. Ter terra, fuligem e água nos lugares mais improváveis. Sentir seu corpo exausto quando chega em casa e poder enfim tomar o seu tão desejável banho. Depois dormir e acordar ainda cansado após o acampamento, mas com o espírito leve.
Lembre-se de todas as boas ações que fez, algumas involuntariamente.
E, se mesmo com todas as intempéries você concluir que valeu à pena, parabéns, escoteiro, hoje é seu dia.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Pré-Vigília do clã

(18 e 19 de abril)


Horário previsto para abertura da pré-vigília: 21h. Ou seja, considerem o atraso dos meios de transportes Guarulhos-Atibaia para trazer a May e iniciaremos às 23h. Ou seja, considerem o tempo de cozimento de 15 salsichas de mais de 20 centímetros e iniciaremos às 23h50. Eu, a May e o Hick nos encontramos na rodoviária às 21h (com 25 minutos de atraso do Hick) e embarcamos pra Piracaia, discutindo problemas psicológicos típicos da nossa faixa etária e a May tentando ler o "Lua Nova", sempre interrompida por mim ou por alguém ligando. Eu não lembro exatamente quem ela disse que era seu prato preferido.
Chegando lá, esperamos o Re nos buscar... afinal agora chegou a carta dele e já temos o nosso choffer. Embora ele e o Hick ficassem discutindo a maneira de dirigir durante todo o caminho e a May ficasse dizendo "to começando a ficar com medo", chegamos sãos e salvos na casa do Rê. Fomos direto pra cozinha, pôr a água pra ferver (detalhe que tudo era verde, até as panelas). Os escudeiros ficaram cuidando de arrumar a mesa enquanto as investidas foram arrumar o local da pré-vigília, que foi no estúdio da hermana do Renan. Por que será que sempre lembramos da Yas quando tem um microfone por perto? Embora, o estúdio não fosse feito sob medida para as atividades do clã (como a sala que usamos no pioférias), conseguimos pendurar a bandeira e os estandartes apropriadamente.
Nosso estômago começou a reclamar e subimos pra bagunçar o quarto do Rê, cuja decoração era bastante potteriana (vide fotos). Só então fomos jantar hot dog, com super ultra mega salsicha saindo pra fora do pão. Foi quase uma briga pra usar as coisas, isso que tinha dois tubos de ketchup e a May estava tentando espetar as coisas com uma faca:
- Deixa eu pescar minha salsicha!
- Vou pescar a Mayara!
Olhei abismada para o Hick:
- A Mayara é uma salsicha? Oo
E tinha também um molho especial que era feito de picles. Neste momento, até eu me senti especial. Depois de dois lanches, ainda tinha mousse de pêssego e bolo. Depois ninguém sabe explicar porque os pioneiros ficam fora de forma. Como se não bastasse, o Re diz que logo mais ia chegar uma surpresa...
- O que será que é?... Quer apostar que vai ser uma caixa embrulhada e quando abrirmos vai ter uma stripper dentro?
O que o sono não faz com a mente das pessoas. Enfim, era quase meia noite quando fizemos a abertura da pré-vigília. E até este momento não conseguimos descobrir como fazer a cafeteira funcionar, bendita tecnologia estrambólica. Falando em café, isso me lembra o tema que escolhemos: é uma questão de sobrevivência. Bastante apropriado.
Enquanto os dois ficavam preparando a esquete temática, subimos pra tentar descobrir um jeito de fazer a cafeteira funcionar. Afinal, pré-vigília sem cafeína não vira. Depois de se apertar milhares de botões, ela funcionou, ufa. O legal é que esquecemos de pôr açúcar no café... e que eu consegui involuntariamente derrubar café nas folhas do Hick, artimanhas para deixar papel com cara de antigo. Depois de lermos a História do Ramo Pioneiro (para o caso de eles resolverem partir em busca do Santo Graal), começaram a esquete da sobrevivência.
-O que faremos agora que estamos naufragados?
-Podíamos tentar encontrar comida nos destroços do nosso avião...
Depois voltaram com espetinhos de carne humana e lenha para a fogueira (detalhe que a fogueira era um bando de caixa empilhada que o Renan "acendeu" com uma garrafa de refrigerante Piracaia). Os espetinhos canibalescos eram bastante anatômicos, podemos dizer. Posso só pensar??? Ficaram ali ao redor do fogo, contando histórias de como se sobreviver em sociedade. Então descobrimos a história da bomba que o Renan se recusava em nos contar, mas, relaxa, não vou divulgar.
Quando de fato começamos as leituras dos textos e as reflexões, é bem provável que algum gato tenha engolido a língua da May. O máximo que conseguimos arrancar dela a noite toda foram algumas gargalhadas. Isso me soava estranho, mas de qualquer forma todo mundo tem seu dia de lua nova (não era pra ter sido ambíguo, mas foi). Apesar de que foi bem difícil lutar contra o sono nas buscas individuais, eu sobrevivi.
Quanto a relacionar as coisas a uma agulha e uma linha, a mente pioneira consegue vagar de forma expansiva. Por exemplo: um chefe geralmente é uma agulha para sua linha-tropa, já o mestre é apenas o alfinete (ao menos, o mestre tem cabeça). No entanto, ainda precisamos verificar o significado de "apólogo" perante um dicionário. Cint, Do grego: apó (prefixo: longe) + logos. Se apogeu é apó + géa (terra): longe da terra. "Apólogo é como uma história, encerrando ensinamento moral, mas como seus personagens não são pessoas, e, sim, animais, coisas, teríamos que "apólogo" seria algo longe, além ou aquém?, do discurso humano. No nível do significado é uma alegoria."
Agora durante as duas horas de deserto, não sei como foi a luta dos dois, mas eu e a May (já que decidimos fazer nosso próximo deserto em junho pra calhar um ano de pré-vigília) ficamos na net nos segurando de sonambulismo. Apesar das caras de zumbi quando voltamos à sala de discussão e esperar o Jason aparecer pra participar do encerramento e das nossas conclusões, encerramos a madrugada com mais café sem açúcar e sono solto no carro. Até agora não faço idéia de qual ia ser a surpresa que o Re tinha falado, não esperamos até 10h pra descobrir.
Textos utilizados: História do Ramo Pioneiro, "Eu sei mas não devia", "O monge e o discípulo", "Um apólogo", "Estrelas do mar", "À espera" (copyright: Lelê), "Tudo o que eu sempre precisei, eu aprendi no jardim de infância".
Canções utilizadas: Canção do clã, "É preciso saber viver", "Ainda ontem chorei de saudades", "Lei da sobrevivência", "Como uma onda", "A viagem", "Panis et circenses" (e o Rê pensou que ia aprender latim na pré-vigília).
O que será dos próximos 12 meses do clã?

Tudo acaba em pizza

(17 de abril)
Faltou a Emi na foto...

Embora não tenha sido parte das aventuras oficiais do clã, eu precisava contar...
Era pra eu ter encontrado a Lelê às 15h no metrô, afinal algumas amizades não se restringem a acampamentos. Porém ela teve uns imprevistos e logo que saí da minha consulta me avisou. Pensei "ótimo, que vou fazer em São Paulo em plena sexta a tarde?" Se você precisa de socorro, ligue para um pioneiro. Sorte que minha lista de contatos era bem extensa. E sorte que a Emmille estava em casa. Corremos para o Santa Cruz, panguando e conversando sobre histórias nossas e alheias e acampamentos passados ou que estariam por vir. Esperamos o Allen (quase não o reconhecemos com o traje social, rs) e resolvemos gastar nosso tempo em alguma mesa de bar...
No caminho, a Emi começou a contar que tinha vindo comemorar sua promessa escoteira no Habbib´s que tinha ali perto.
-Que? Você fez sua promessa no Habbib´s?
Tudo bem, Allen, perdoamos essa. Afinal era fim de tarde, todo mundo fica um pouco fora do ar na sexta feira. Enfim, provavelmente estávamos falando da festa do interclãs ou de que o próximo pioférias deveria ser o acampamento da brasília amarela, quando a Emi perguntou:
-Você conhece o Fidel?
-Quem? o Fidel Castro?
É incrível como nesses momentos a gente sempre lembra das piadas do Denas. Aliás, este mesmo ser ficou devendo ir comer pizza com a gente, mas talvez seja normal, ele ainda me deve um bungee jumping. Gastamos algumas horas ou sei lá, fazendo planos pioneirísticos, também para o próximo fim de semana. Os assuntos variaram de CP a aconselhamentos pessoais, até que acabou a cerveja e a batata.
E quando não se tem o que fazer ou pra onde ir, a gente cola na casa da Paxão. Tudo bem que chamamos vários pioneiros e ninguém apareceu (né, Iori e Blessa?) e que a Karol nem tinha voltado do curso ainda. Aproveitamos pra conversar a chefe Sônia sobre as coisas do Ramo, até que nosso estômago começou a pedir piedade e resolvemos pedir a pizza. Não, reclama, não, Karol, a gente guardou um pedaço pra você, viu! Adoro visitar São Paulo e rever amigos pioneiros, mesmo que não dê pra ver todos sempre.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Conselho de Investidas

(11 de abril)
Sempre sobra a parte mais difícil pra mim e pra May. Lembra aquele dia? O Renan disse: "A gente vai preparar a programação toda do acampamento, vocês não terão que fazer nada desta vez." Desde quando preparar a pré-vigília é fazer nada?
Então, obviamente, como somos muito desocupadas, separamos o sábado do feriado pra preparar isso. Só que, vocês sabem, o pior sempre fica pra depois. Antes de mais nada, ficamos olhando as fotos do Interclãs da semana passada, fazendo comentários sobre o que não tivemos tempo de comentar na volta (por causa do sono). Não que a May conseguisse se concentrar no que eu falava, ela estava com a cabeça no livro do Crepúsculo. Resolvemos ir até a locadora pra ver se o filme estava disponível. Lei de Murphy explica: estava locado, my dear! Então alugamos algo bem meloso, típico da gente.
Assistimos e jantamos a comida árabe que a amiga do irmão da May tinha feito... aliás, precisamos daquela receita, ideal para acampamentos! E o sorvete de sobremesa (culpado pela minha crise virótica do dia seguinte) enquanto alguém disse "que adianta ver esses filmes se quando o bonitinho te beijar não vai ter uma orquestra tocando no fundo?". Acredite, não tem orquestra mesmo.
Só então começamos de fato o assunto em pauta: o que fazer na pré-vigília dos escudeiros (que por acaso é sábado que vem)? Sorte que o pai dela, o mestre Marco, tem material suficiente pra muitas pré-vigílias. Salvou nossa pele. Precisávamos de um tema, algo com cara de pioneiro e não cara de mestre. Algo com a cara do nosso clã. Advinha onde encontramos isso? Aqui no blog, claro. Nada como a própria história pra inspirar o futuro. E a culpa é sempre da cafeína. Aliás, falando nisso, alguém sabe calcular quantos kilos de café são necessários para uma pré-vigília?
Escolhido o tema, ainda faltava o principal: os textos! Fizemos um remelexo, uma mistureba de receita de duas pré-vigílias com um texto de uma grande amiga nossa. Ficou tudo bem encaixadinho, não me pergunte como, o sono da May estava desendando o ritmo de processamento de escrita simultânea no teclado à base de ditado. Posso só pensar? Ambas estávamos necessitadas de um travesseiro e uma boa dose de chocolate de pois dessa noite de sábado enfurnadas em casa.
Espero que todos tenham tido uma ótima Páscoa, cheia de renovações espirituais e principalmente de energia. Recarreguem suas baterias psicológicas e intelectuais para a próxima semana.

terça-feira, 7 de abril de 2009

INTERCLÃS parte 4 A volta


Como fizemos caber um mestre, 4 pioneiros, malas de 5 pessoas e o material do clã dentro de um celta? Não faz pergunta difícil. Só sei que eu e a May tivemos um pacto de amizade a base de suor, em vez de sangue.. que nojo.
Nossa idéia era parar em algum buteco no caminho, mas o único que achamos só tinha tubaína! Daí largamos o Gehre e sua motoca na barraca de caldo de cana e continuamos a viagem... Lembrando que o pessoal do Tuidara ficou parado na estradinha de terra com a van quebrada. Espero que eles tenham conseguido voltar antes da chuva. É, lembram do pacto com o São Pedro? Pois é, um pouco de chuva na estrada não faz mal... e ainda por cima o trânsito... o clima perfeito para tirar uma soneca encostada no saco de dormir do Renan.
Porém toda viagem precisa ter alguma dúvida do caminho. Era pra entrar na Raposo Tavares? Lá vamos nós ligar pro Gehre de novo... estrada, trânsito, estrada, chuva, rodoanel, um e vinte de pedágio, estrada, entra em Caieiras, mais estrada... Ei, acho que era pra ter virado à direita antes do supermercado. Liga pro Gehre... tuuuu, tuuuu, tuuuu, este número encontra-se indisponível ou fora da área de cobertura... Vocês querem um exemplo de sincronismo? A Yasmin ligando pro Fábio e o Jason ligando pro Gehre ao mesmo tempo, fazendo as mesmas perguntas ao mesmo tempo e desligando ao mesmo tempo. Sim, era pra ter virado à direita antes do supermercado.
Ah, quer saber? A gente tava morrendo de sede e de fome, resolvemos parar. Nada que uma coca-cola e dois pacotes de ruffles não resolvam.
Enfim... chegamos vivos-quase-mortos em Atibaia, sujos, esfomeados e sonolentos, prontos pra começar a semana pós-interclãs.
Saudade? Isso existe?

segunda-feira, 6 de abril de 2009

INTERCLÃS parte 3 Domingo

04 e 05 de abril, São Roque.

Que alívio que foi não ser acordada pela musiquinha do titanic, que nem no ano passado... simplesmente acordei por impulso... tava muito calor dentro do saco de dormir, como eu bem disse logo que acordei e ainda levei xingo da May pela piada infame que nem foi intencional. A única coisa que é ruim, além de acordar cedo, é ter que pôr o uniforme logo cedo e pior que as roupas estavam na mala, que estava na barraca de malas, onde algum intruso do Ventos do Sul dormiu. Sugestão para o café da manhã: abra o pacote de pão pelo lado contrário, pois a margarina derretida melecou a sacola de compras e o lado onde se abre o pacote (nem preciso falar da carne no dia anterior). É, fez calor... e olha que nem era Sorocaba, minha gente.

Hasteamento, nem preciso falar em atrasos... continuamos a patinação a meião escoteiro, rodopios, arremessos de pioneiras pelo mestre Gehre e fotos bizarras deitados no chão. Ah, e coitada da May que ficou com os óculos caolhos... rs

Tivemos que dar uma pausa na agitação para o culto mais misterioso de todos os tempos. Vendas de lenços, fila indiana descalços para fora no ginásio... Acho que formamos uma espécie de caracol humano, ouvimos os mestres citando as virtudes e depois umas frases que pareciam desconexas, minha mente ficou em turbilhão. Depois voltamos. Como posso em poucas palavras resumir um tempo que pareceu eterno ali, juro, não acabava aquela caminhada sem rumo e sem visão. Estranho, ainda estou com uma sensação estranha pra desvendar.

Depois bora por a roupa de ralo e continuar as bases... que idéia de girico a minha de descer no boliche humano de tênis e de bruços... primeiro que entrou sabão no meu olho, segundo que comi terra e ainda por cima meu all star virou uma esponja. E pra piorar a base seguinte era a das danças circulares, entramos encharcados e sujos no ginásio! Quase que o Denas expulsou a gente de novo. Mas sempre dá pra piorar, tivemos uma segunda idéia de girico... ir descalços até a próxima base, quem ia imaginar que tinha espinhos na grama? (ou, segundo alguém da equipe, porco-espinho, rs) Aí teve a base do A, cujo instrutor começa com B (viu, Bahia, to falando da sua base sim). AAAAAAAAAAAA... de alfa, que é infinito. E o universo é infinito, cuja representação é o número 8 deitado. Cara, que brisa essa explicação. Mais brisa ainda foi o que tivemos que fazer: contruir um A de bambu, fazer o percurso de um 8 rodando no sentido horário com uma pessoa em cima do A. A de Advinha quem foi que subiu no A? Foi super seguro, obrigada, pokemon... Aproveitando pra divulgar também o Mutirão Nacional, pioneiros do Brasil inteiro, reunidos aqui enfim na vontade de servir... 21 a 26 de julho, Belo Horizonte-MG.

E por último... por que o pior sempre fica por último?... desafio físico: o percurso. Subir uma escada inclinada de bambus, descer para o outro lado, atravessar uma parte do lado, correr, passar por baixo da lona azul, passar por baixo dos tocos, correr, atravessar o brejo, correr, dar dez voltas com a testa sobre o bambu, pular três bancos, correr, rastejar sob a lona laranja, correr, correr, correr... tudo isso em 5 minutos e 14 segundos.

Fiu fiu, final das bases, vamos embora almoçar, comer, dormir, descançar. Prato do dia: maionese de milho, ervilha e sei-lá-mais-o-que-tinha-lá-dentro, linguiça, salsicha, arroz, purê e suco de limão. Depois mais um "social" e DUAS HORAS DE UNIFORME NO DOJÔ, duas horas de uniforme no dojô... U! niformizados, U! niformizados... Preciso dizer que alguém tem que ensinar as horas para os pioneiros? Enfim, mais sessões de deslizamento humano no ginásio, mas pelo menos o povo entendeu que era uniformizado. E Aquela enrolação pra fazer uma roda e cantar... A bela pastora? podia ter sido Pipoca... ou o Pistão, que já dava pra ligar com as danças circulares que teve depois, de par em par. Calma, ainda piora... lembra a canção do interclãs com melodia sem ritmo do Dancing days? Agora a gente tinha que fazer uma coreografia por equipe. A única coisa aproveitável foi que deixaram a Vaca cantar. Depois teve a premiação que foram umas garrafinhas sugestivas para interclãs... Depois de tudo, vem a parte de ver as barracas se desmontando e as pessoas carregando suas mochilas, até um próximo evento pioneiro...

Mas antes de entrar no carro, ainda teve uma piada do Denas (essa não pode faltar): Por que o Santos Dumont batizou seu avião de 14 Bis? Porque naquela época só vinha 14 bis dentro da caixa.

Agora sim, entulhamos as mochilas, estandartes, forquilhas e 4 pioneiros e um mestre dentro do celta. E o Gehre de motoca... ainda tivemos que tirar a amala da Yasmin do porta-malas pra pegar a camiseta do Gehre dentro porque senão ia ser desrespeito à autoridade, caso um policial rodoviário parasse ele... Isso sim é posso só pensar???


Interclãs... não é mais que um até logo...

Que venha o Congresso...

Ainda ontem chorei de saudades


(continua...)

INTERCLÃS 2009 parte 2 Sábado

04 e 05 de abril, São Roque.





Descarregamos o carro (depois do sacrifício que foi fazer conturcionismo pra sair do carro com as forquilhas barrando a porta) e carregamos as malas (e também a mala da mala da Yasmin, rs... Yas, a gente te ama, viu) até o campo de barracas. Tivemos infelizmente que ser vizinhos do Parecis e do Umuarama... ninguém merece... rs. E neste meio tempo de montar barraca e esperar o Allen chegar com as panelas pro almoço e não dar tempo pra fazer o almoço, começou de novo a brincadeira do "a Gi é pop". Meu santo Merlin, que eu fiz na vida passada? E de almoço o cardápio era de alto nível: salsicha cru enrolada no pão de forma. Ainda bem que tiveram a boa idéia de ligar pra Yasmin e pedir pra trazer coca cola pro jantar...
Depois do "rápido" social com os clãs ali acampados, subimos para o ginásio (tirem os calçados e NÃO coloquem os chinelos coloridos) e fizemos uma sessão de patinação a meião escoteiro, até que todos chegassem para a abertura do evento. Eu já disse que precisam ensinar as horas para os pioneiros? Bom, acho que já. E teve a canção do Interclãs que era na melodia sem ritmo do Dancing Days, entregaram até a letra pra todo mundo, não sei porque (mas depois descobrimos).
Eu fiquei na equipe 17, a May na 2 e o Renan na 1.
17: Temos que pegar, Pokemon!
2: Dois hamburgeres, alface, queijo, molho especial, cebola, PICLES, e um pão com gergelin, é big mac, big mac
(Adorei a homenagem ao picles.. rsrsrs)
1: Renan, desculpe, não lembro o grito da sua equipe, era algo meio que um muxoxo...
Depois era só partir pro abraço, quer dizer, pras bases. Vou narrar a vivência do Pokemon, porque infelizmente eu sou apenas humana. Começamos pelo basquete de bexigas (não gente não precisa bater bola) e depois pra discussão hipotética (só me deu raiva que falaram que discutimos errado a proposta, comoassim?, não tem como discutir errado! é discussão e ponto). Quando chegamos pra fazer a brincadeira da coordenação motora, até os aplicadores da base ficaram admirados com a união que estava entre a nossa equipe e a adversária, o jogo não acabava nunca. E eu aproveitei pra divulgar um pouco o ACAMPIO 2009.

Aliás, você já tá sabendo?
ACAMPIO 2009, 15 e 16 de agosto, em Atibaia - SP.
De onde viemos?

Próxima parada: vamos nos conhecer melhor. Nome, apelido, grupo, opção sexual etc... e foi aí que eu descobri que existe outro picles no ramo pioneiro... mas será o benedito? não, o nome do dito cujo é Pericles. E afinal nem fomos apresentados... (- Muito prazer, picles. - Prazer, picles.) Bizarro ¬¬. Sem falar que também tinha alguém com apelido de azeitona, dava pra fazer uma salada... Isso que mais tarde ia chegar uma vaca vegetariana...
Agora vem a base mais estranha: meditação. Gente, alguém me explica comofas... tinha uma equipe gritando boi boi boi boi da cara preta e depois outra gritando 2345678 tá na hora de molhar o biscoito (ou seria bixcoito?)... não tinha como nos concentrar, fala sério. Mas tudo bem vou dar um desconto porque foi a gueixa do pioférias que aplicou a base. Base dos objetos naturais na natureza na hora do lusco-fusco, como faz pra ver galhos? O que importa é que fomos atacadas por um morcego nessa base, literalmente.
E quando finalmente íamos aprender as danças circulares, o Denas expulsou a gente do ginásio:
- Acabou por hoje, pessoal.
Tá bom, então vamos tomar banho. Tudo bem que fiquei uma meia hora esperando a May pegar as coisas de banho dela, ouvindo as bobalheiras do Erick, mas conseguimos tomar o rumo do vestiário afinal... E na volta a Yas tinha chegado! Aí sim as coisas começaram a ficar animadas. Jantamos um pouco de arroz, um pouco de carne, um pouco de salsicha, um pouco de salada, um pouco de mato, um pouco de coca, um pouco de... chocolate da cacau show... Po, imagina juntar a gente com o São José, o Ubirajara e o Mopiatã... nem foi animado, viu. Agora, lavar panelas, cantar com o povo do Tocantins, dançar a maraca, ser arrastados pelos mestres para o "fogo de conselho". Desculpe, mas aí foi meio decepcionante. É, não foi legal o coro adjacente que fizeram na canção da despedida. Desculpe, mas nisso somos conservadores (falo por mim, pelo menos, mas acho que muitos concordam).
E agora todas pro espelho, sessão maquiagem a jato by Yasmin (sim, nós temos uma personal stylist). Foi então que surgiu a versão pioneira de Kiss (antecipando o show dessa semana). Yas no vocal (claro), May na bateria, Jason na guitarra e eu no baixo (não foi por causa da altura, é pior, foi por causa da língua que dizem ser mutante). O Re (de marinheiro) e o Gehre (de vaca presidiária) esperaram por nós e lá fomos para a Festa Preto e Branco. Perdemos o funk e não tocaram a nossa música, mas quando na vida vocês vão ver o Kiss dançando axé? e sertanejo? e forró? O difícil foi tirar a maquiagem, tenho a impressão de que o contorno dos meus olhos estão meio escuros até agora.
Apesar do sono, não voltamos pra barraca... afinal violão existe pra que? Juntamos com o Parecis e o São Paulo e quem quisesse ouvir a voz de seda da vaca embaixo da lona e começou a cantoria da madrugada... foi de Beatles a Velhas Virgens (Jason no vocal) e não podia faltar uma do Kiss, claro. Ouvimos até a composição do Igor (o cabelo), até que fui vencida pelo sono e pelo frio e me enfiei no saco de dormir... ah, pelo menos a encomenda estava entregue... posso só pensar???
Minha única frustração foi não ter experimentado o chá de doce de leite e limão, o famoso. Mas o Renan prometeu que vai fazer pra mim.

(continua)

INTERCLÃS parte 1 A ida


Alguém precisa ensinar ao clã sobre horas. Por exemplo, pra não chegar atrasado ou ligar de madrugada pras pessoas... né Gehre! Enfim, apesar de ter sido acordada pelo mestre no sábado, meu humor estava ótimo. Chegamos na casa do Jason 8h... e ainda tínhamos que passar na sede do Atibaia pra buscar os materiais de campo, no supermercado pra comprar o rango e na casa do Gehre pra pegar a mala dele. Antes disso, o celta já estava abarrotado de coisa (isso que a Yas teria que voltar no carro com a gente domingo).
Pegamos a trilha de rally pra chegar na sede do Atibaia, loooonge... e sim a sede deles existe. Mas infelizmente estava tudo trancado, porque o grupo tinha ido fazer atividade na sede do Pedra Grande. Imagina o nosso desespero quando descobrimos que não tínhamos panelas, fogareiro, gás etc... Na hora do desespero, liga pro Allen! Combinamos tudo com ele pra podermos cozinhar... ufa. Em seguida, compras... leite, pão, margarina, arroz, molho, salsicha, carne moída, sucoooo, ah e não podia faltar o bis.
Pra variar encontrei alguém na fila do supermercado e isso gerou a velha brincadeira do "a Gi é pop". No começo eu pensei que isso ia acabar ali na fila do caixa. Mal sabia eu...
Enfim, depois de pergarmos a mala do Gehre, a única que realmente foi econômica, pegamos a estrada... Mairiporã, estrada, estrada, rodoanel, placas indicando para Sorocaba... mas, não, o acampamento é em São Roque, finalmente encontramos o Gehre perto da ponte... e seguimos a estrada... um e vinte de pedágio, mais estrada, mais placas... quase perdemos a entrada, porque o Gehre não viu a indicação do km 42 que estava bem em cima da cabeça dele pintada no muro.
E depois de mais trilha de rally (onde havia de fato um ponto de ônibus laranja), chegamos finalmente...
Ai, Interclãs...
(continua...)