quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Entrega das arrecadações

(21 de janeiro)

Depois da agitação do Pioférias, tiramos uns dois dias pra descansar, mas ainda faltava o principal: entregar as doações para a Defesa Civil. A May e a Mãe dela encaixotaram tudo que foi arrecadado, porque iam buscar na casa dela. Também fizeram uma troca, porque pipoca de microondas não serve pra doar, né? Então elas trocaram por 5 quilos de alguma outra coisa. No fim, foi o pessoal da campanha mesmo que veio buscar os alimentos e fomos junto para ajudar a descarregar. Quando a May ligou, a mulher perguntou se era a doação de um vereador X...
- Não, não tem nada a ver com o vereador, somos do Grupo Escoteiro, fizemos um acampamento no fim de semana e arrecadamos...
- Você fizeram por conta própria?
- É.
- Ai, que bonitinho...
A cara da May no telefone foi algo inédito de se ver. Chegando no depósito, além de descarregar as caixas todas, ainda ajudamos a fazer a contagem, porque tinha que registrar quanto tinha de cada coisa. Ai fomos contando o açúcar, o arroz, a farinha de trigo, farinha de milho, farinha de mandioca (meu, quanto tipos de farinha tem?), farinha de rosca... contamos uns infinitos pacotes de miojo (daí engoli o orgulho, né, parece que miojo serve pra alguma coisa), macarrão, leite, óleo... até caixa de sucrilhos tinha, doaram até pote de geléia, que é caro pra caramba (e o Renan achando que era marmelada porque estava escrito Marmelade no rótulo). Continuamos contando pacotes de bolacha, caixas de chá, café, cangica...
- Quando eu era pequena minha mãe me chamava de Gigica Cangica... eu odiava isso!
- Nossa, Gi... desde pequena você era de comer...
- Posso só pensar?
- Não, eu quis dizer, os apelidos, gente!!!
- Tá, May, tá bom!
Depois de contar tudo... um total de 238 quilos e 400 gramas, fora os pacotes de bolacha, os pacotes abertos que doaram e o par de sapatos... nos despedimos e passamos na sede pra buscar o aparelho de som do Gehre. Sim, esse Pioférias deveria ter se chamado o acampamento do prejuízo, fora os gastos previstos, tivemos que pagar a conta da farmácia da Nath, o conserto do aparelho de som e ainda tem o vidro da porta da caverna que tá quebrado desde o Acampio. Esse é o mal de cobrar só R$5,00 de inscrição. Enfim, vale tudo pelo SERVIR!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Pioférias 2010 pegando fogo

(Atibaia, 16 e 17 de janeiro)

Quando tivemos a ideia maluca de fazer um Pioférias, nem me passou pela cabeça que chegaríamos a fazer uma segunda edição. Só que tem um detalhe: Pio e Férias são dois ingredientes que combinam muito bem, principalmente porque estamos numa faixa etária desgastante entre vida profissional e acadêmica. Férias é a palavra mágica, não importa se dura apenas um fim de semana, ainda mais se custar só R$5,00 de inscrição.
Os clãs foram chegando entre sexta a noite e sábado de manhã, alguns até de madrugada, e montando suas barracas e cantos (se bem que houve uma ligeira confusão pra montar aquela tenda branca). Naquela manhã os organizadores estavam ocupados em resolver coisas de última hora e ficar estressados porque os mestres estavam atrasados como sempre (ou talvez o estresse tenha sido por causa do despertador que foi o Funk tocando às 7h no carro do Baxter, pelo menos não fui eu o despertador). Antes da abertura houve muitas cenas bizarras como o Bahia comendo baquete de provolone, eu levando um pseudo soco do Renan e o Bambi usando presilhas no cabelo.
Pra não perder a tradição do Pioférias, convidaram o Rael e o Leandro pra puxar a canção da Maraca, que durou mais de 8 minutos (é só ver o vídeo), então os organizadores se revesaram pra falar (o Re aproveitou pra me entregar o presente da tropa sênior, valeu, vai ser muito útil). Então as equipes foram separadas em seis: Os Incríveis, Todo Mundo em Pânico, As Apimentadas (perfeita pra Paxao), Os Miseráveis, As Patricinhas de Beverly Hills (que aliás era composta só por homens) e Missão Impossível. Todas elas foram muito bem representadas!
Como fiquei recolhendo as camisetas pra impressão, não vi as bases de perto, mas sei que no Star Wars as plantas apanharam muito, no Jogos Mortais foi uma tragédia pra achar a chave que abria o capacete e no Quem quer ser um milionário? parece que ninguém saiu ileso com as tortas e mumificação de papel crepom (imaginem o meu desespero quando o chefe Leandro pediu pra levar o pote de cola pra essa base?). Isso porque ainda aconselhamos a não fazerem muita sugeira porque os pios iam sair pela cidade uniformizados depois do almoço (acho que não adiantou).
Pra variar o almoço atrasou toda a programação, eram quase 15h quando os pioneiros saíram do Acampamento para a sua Busca que era uma meta de 20 Kg de alimento por equipe para arrecadar em duas horas. Era até que uma meta fácil se eles não tivessem que passar por mais três bases neste tempo. Montar engrenagens na base Tempos Modernos não era tão difícil, ainda mais se alguém da sua equipe trabalha na Volkswagen. Agora, pra passar pelo Jumanji, precisava de sorte, porque era uma missão pior que a outra, teve gente presa no tempo, alguns engolidos por plantas carnívoras e outros que foram perseguids pela caçador e tiveram que fazer uma dancinha no meio do semáforo central de Atibaia. Mas lembrem-se que tudo foi em prol do SERVIR! Por último passaram pelo Contatos Imediatos de Terceiro Grau, onde cada equipe ganhou um extraterrestre. Não se desesperem por terem voltado azuis ou verdes para o acampamento, aposto que muita gente ficou agradecida pelos 240 kilos e litros de arrecadação e um par de sapato. Tudo isso enfrentando casas sem campainha!
Eram umas seis da tarde quando chegaram no parque e foram direto para o mastro, bem quando começou a cair aquela chuva. E pior que ninguém conseguiu se safar dela, porque alguns chefes armaram um complô de me fazer uma surpresa bem nesta hora e todo mundo ficou encharcado por causa disso. Pelo menos, consegui esconder rapidinho minha ficha 120 com uma foto de mais de dez anos atrás. Só queria agradecer a todos pela imensa atenção e por terem tomado chuva por mim!
Ainda bem que logo depois era a hora do banho (embora alguns tenham preferido jogar rugby sem regras na chuva). E nada de a chuva parar. Enquanto todos estavam orcupados em preparar a janta, os organizadores estavam preocupados com coisas de última hora, como o aparelho de som queimado, o Fogo de Conselho que seria embaixo das estufas e o Gehre que queria fazer alguma cerimônia mas não queria falar o que era! Foi então que aconteceu tudo... a Yasmim estava fazendo minha unha postiça da fantasia, quando a Ponte Banana ligou no meu celular dizendo que tinha pegado fogo lá e tinha gente machucada. Saímos correndo na chuva pra ver o que tinha acontecido. Pelo visto, houvera um acidente com o lampião: o bujão de gás saiu pondo fogo nas barracas do Dom Bosco e os dois do Jaguary acabaram um pouco mais que defumados (disseram que estava cheirando leitão assado). Levaram os dois pro hospital o mais rápido possível e mesmo assim ainda tinha gente em estado de choque. Foi nessa hora que pensei que a chuva tinha sido boa, porém é sempre quando acontecem os imprevistos que os mestres somem, foi um sacrifício conseguir falar com o Jason.
Por fim, já estava tudo atrasado e resolvemos começar o Fogo de Conselho com todos fantasiados. Na abertura também tiveram alguns efeitos especiais com pólvora e a proteção dos Cinco Elementos: Terra, Fogo, Ar, Água e Servir. Só que a chuva foi tão fort que não dava pra ouvir nada do que falavam nas esquetes, tivemos que buscar o amplificador com microfone e tudo. Garanto que é muito bizarro dançar o Canguru com microfone e vestida de mulher gato, pode ser meio perigoso. E até o Mestre do Fogo precisou sair por um momento por causa do olho (é que ele tinha se queimado umas semanas antes quando foi fritar coxinhas). Pedimos desculpas se nem todas as equipes puderam apresentar suas esquetes, mas existe uma coisa sagrada no Fogo de Conselho que é respeitar o tempo dele.
Era pra ter tido uma super festa à fantasia depois, porém uma parte dos investidos precisou participar da despedida do Mestre Gehre e outros estavam morrendo de sono. Enfim, como muitas barracas alagaram com a chuva, boa parte resolveu dormir ali embaixo do alambrado mesmo, esticar os sacos de dormir por ali, ouvir a Vaca tocar violão e conversar até ums 4 da manhã... sem desrespeitar a regra sete, né?
De manhã, não teve buzina nem megafone nem rádio pra acordar todo mundo e a Padaria em frente deve nos agradecer, ainda mais ao Tocantins que comprou 40 pães logo cedo. Como atrasou de novo a programação, cancelamos o grande jogo do Procurando Nemo. Mas suponho que o culto e as rodas de pioneiros foram bem aproveitados. Também quase colocaram fogo de novo na hora do almoço, desta vez na mangueira de gás do Mopyatã, ainda bem que não houve nada de grave.
A roda da Maria antonieta também deu pra dar umas risadas, tinha que descobrir que pessoa famosa ou personagem estava escrito na sua testa. Mas pensa: se escrevem Brad Pitt na sua testa e você não sabe, nada impede que você escreva Brad Pitt na pessoa do lado, né, Paxao? Mas teve de tudo... desde Zé Bonitinho a Tarzan.
Por fim, é a parte pior do acampamento, chegou o encerramento quando o Jason levou montinho pra não quebrar a tradição do Pioférias e começou a premiação do Oscar Pioneiro (que eu falei pra se chamar PiOscar, mas não deixaram). Os prêmios de melhores dançarinos foram pra Paxao e pro Blessa (com aquela dancinha bizarra de kilt), melhores fantasias para Jéssica (Princesa) e Léo (Ace Ventura), melhor filme para Todo Mundo em Pânico que arrecadou sozinha mias de 60 Kg de alimentos. E pra também não quebrar a tradição do Pioférias de ficar um gostinho de quero mais... Ainda ontem chorei de saudade...
Até o ano que vem!

Ao Clã Tribo Excalibur


Uma coisa que aprendi no ramo pioneiro é que é fundamental conhecer a sua história. A primeira tarefa que tive como pioneira, em 2008, foi atualizar o Livro de História do Clã, o que não foi fácil, já que a última mensagem havia sido escrito nele em 1998. Recuperar dez anos de história é uma busca desafiadora, mas que me foi útil para ver o quanto o Grupo e o Clã são dependentes um do outro. Pode parecer que o clã é uma seção desprezível e de pouca importância, porém quando você conhece a história do seu Grupo Escoteiro percebe que a existência dos pioneiros só tem a acrescentar ao desenvolvimento geral de todas as outras seções.
Contar histórias é uma tarefa fácil quando se trata de escoteiros, uma coisa puxa a outra e, numa conversa, acabamos por conhecer o perfil das pessoas através das histórias que elas contam. Eu espero que esta não seja só mais uma história, mas sim um exemplo de fraternidade.
O ramo pioneiro é uma rede... quando você começa, pode parecer que é uma mosquinha presa numa teia de aranha. Acredite: é quase isso - difícil de se soltar dela e, se você não souber enfrentar o desconhecido, é como ser engolido por tanta informação. Servir é uma missão para poucos e só quando você está prestes a caminhar para a fase adulta da chefia (ou mesmo fora dela) é que começa a entender o real sentido de ser pioneiro. Se você ainda não ouviu isso, esta não será a última vez.
Três anos parece muito tempo, mas quando você chega aos últimos meses no ramo pioneiro parece que fez muito pouco perto do que poderia. O mais importante desta sensação é você olhar pra trás e ver que não se arrepende de nenhuma das suas escolhas e que todos os momentos e pessoas que passaram por você até então o tornaram quem você é. Toda vez que penso isso, duas coisas me ocorrem: tive ótimos mestres e tive ótimos exemplos. Quando cheguei ao clã, com um ano de atraso, duas coisas aconteceram: escolhi ótimos padrinhos e deixei de escolher outras ótimas pessoas como padrinhos.
Naquela época, meu clã estava adormecido e não havia nenhum ex pioneiro no meu grupo que pudesse me indicar qualquer coisa sobre o clã e o pioneirismo. Primeiro, me senti perdida e depois recorri a todas as pessoas de fora que tivessem alguma informação. Então, não importa se você é o único pioneiro no seu clã, você nunca está sozinho. Tive sorte de fazer amizade com um clã que não somente me recebeu como se eu fosse da família, mas me ensinou tudo o que podia. O Clã Tribo Excalibur foi o irmão mais fundamental para fazer do Clã Prof. Domingos Matheus (G.E. Pedra Grande) o que ele é hoje.
Sou grata, assim como todos do meu clã, por tudo o que a família Tocantins nos ensinou, mostrou e viveu conosco nestes últimos dois anos; assim como espero que no futuro essa amizade só se fortaleça. Vocês são os maiores responsáveis pela energia sem fim que corre aqui em Atibaia. O exemplo de vocês de receber todos como irmãos e aceitar as diferenças foi o maior motivo que nos fez escolher a união com o Clã Alberto Santos Dumont (G.E. Ar Atibaia). Hoje, esses dois clãs unidos se tornaram um só e até mesmo estimularam a união dos nossos dois Grupos Escoteiros como nunca aconteceu antes, por isso fazemos de todas as missões dignas de servir ao ramo pioneiro, aos nossos grupos escoteiros e à sociedade.
O primeiro Pioférias não teria sido um sucesso sem o inestimável apoio e participação do Tribo Excalibur. Nem mesmo teríamos ido até o fim com o 9º Acampio sem o incentivo integral deste clã que em matéria de animação e companheirismo é nota dez. Quanto ao segundo Pioférias, acho que nem preciso citar que o grande interesse em ocupar quase metade das inscrições nos fez ver o quão importante é sentir a consideração que você têm pelo nosso clã. De todas as buscas a mais difícil, certamente, foi fazer eventos bons suficientes e dignos de irmãos pioneiros como vocês. Tivemos muitas falhas e a maior delas é não podermos estar sempre próximos.
Em nome do meu clã, agradeço a tudo que me foi passado e confiado e que pude, da melhor forma possível, manter vivo no meu clã. Tenho muito orgulho do que o Clã Professor Domingos Matheus se tornou e gostaria de que todos do Clã Tribo Excalibur soubessem o quanto isso é responsabilidade deles e que tenham tanto orgulho do próprio clã quanto eu tenho.



O nosso grato, grato, gratíssimo ao Tribo Excalibur, sempre irmãos na vida e na morte.


SERVIR!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Preparando o Pioférias

Houveram quatro reuniões de última hora para o Pioférias, todas com caráter de urgência e com a promessa de ser a última. Mas a última claro foi na noite anterior ao acampamento. A primeira foi numa quarta feira, na casa do Jason, com direito a coca-cola e amendoim apimentado. Foi quando determinamos finalmente a programação do Pioférias, com as atividades que faltavam e resolvemos o problema do local. Neste dia houve duas notícias de chocar:
- Eu to grávido - disse o Jason. É, logo mais vem outro projeto de lobinho pra nossa Alcatéia.
Além disso, a segunda notíca foi:
- Vocês tão sabendo que o Mocorongo também vai ser pai? Vai ter um mocoronguinho!
Todo mundo ecoou:
- AHN?
Como assim?
Sim, o Mocorongo será pai e o Nathanael também. Parabéns, futuros pais que farão a Alcatéia de Pinhalzinho crescer! Boa sorte...
E ficamos também com essa sensação de que precisaríamos de toda a sorte possível para este Pioférias. Ainda tinha muito pra ser feito, certificados, troféus, camisetas e logística. E as staffs que não confirmavam nunca! Tivemos até que chamar mais...
Como ficou faltando definir as bases do Jogo Produrando Nemo, as atividades das Staffs e pirografar os troféus, marcamos outra reunião para sábado. só esquecemos de marcar hora e local. Na sexta feira eu a Ya fomos ver a banda do Jason no Pub e marcamos para 18h na casa dele, só faltou avisar o Renan, coisa que só lembrei sábado a tarde quando liguei pra ele e ele disse que estava nos esperando na sede já.

Neste momento eu estava indo à casa da Ya porque ela tinha me chamado pra piscina. Advinha qual foi a solução? Mandei o Renan ir pra lá também pra fazermos a reunião e o Jason também. Só que o Jason se perdeu no caminho prque estava de bike. Então fizemos a reunião na piscina onde discutimos sobre muitas coisas do Pioférias e também filmes que podiam se chamar "Seis japoneses e um filipino". A programação estava quase fechada, mas pioneiro enrola demais pra terminar as coisas, então ficamos de marcar outra.
Esta, por sua vez, foi na casa da May na última quarta feira, quando passamos a programação pra ela, modificamos algumas coisas, por exemplo excluir a base do Esqueceram de Mim e colocar a do Quem quer ser um milionário. Foi então que começamos a selecionar perguntas e passamos uma meia hora rindo delas, principalmente porque eu e a May achávamos que a Samara de O chamado ficasse na televisão! Meros detalhes... Quando terminamos esta reunião deu uma sensação de cagaço, porque faltava só 3 dias pro acampamento e ainda tinha muito coisa pra fazer. Eu deixei as compras pro último dia e não achava as camisetas laranja pra organização, ou seja, ficamos com camisetas de tamanhos não tão certos e tons variantes de laranja. Mas tudo bem sendo laranja tá valendo. Enquanto isso a Yasmim tava pirando com os certificados pra imprimir de última hora e eu e o Re fomos pro Parque receber os clãs que iam chegar sexta feira. Aliás vieram mais do que esperávamos, tipo uns 15 do Tocantins que pensamos que ia chegar só de manhã!
Mas pra quem pensa que organização dorme, ficamos até 5h da madrugada terminando a seleção de staff, seprando equipe, dando os últimos toques e torcendo muito pra não chover! O lado bom é que desta vez dormimos uma horinha pelo menos!
(Aguardem o próximo post...)

Águas de Lindoia - Cap. 5

(03 de janeiro)


Como sobreviver com apenas duas horas de sono?
Juro, quando a Marlene me acordou, parecia que eu tinha dormido há apenas cinco minutos, até olhei pro lado pra ver se o Renan ainda estava no note! Eu queria muito ficar dormindo, mas tinha prometido que iria com a Ma e o Allen pra cachoeira de novo, então com muuuuuuuuuito custo eu levantei, tomei café (bem que podia ter sobrado algum energético) e ficamos esperando o Allen ter a boa vontade de levantar também. A hora que chamei ele, pensei que ele fosse me xingar, mas ele simplesmente virou pro outro lado e continuou dormindo¬¬.
Não é fácil permanecer consciente com duas horas de sono, mas depois que você anda o primeiro quarteirão já começa a acordar (e a lembrar das coisas do dia anterior). O caminho de ida pra cachoeira pareceu bem mais curto, acho que era porque eu estava de bom humor assim sem explicação. Se bem que devia ter uma explicação... O Allen a essa altura já tinha perdido o medo do cachorro da roça e também tinha perdido o sono. Comecei a trilha já dando vários escorregões e nem tinha chegado perto do limbo das pedras, tudo porque o único par de tênis que eu levara era pra caminhada, não trilha, quer dizer, eu nem pensei que a gente ia sair do centro da cidade, nem tinha trazido biquini pra começo de conversa.
Só digo uma coisa: a água estava muito ge-la-da... Principalmente a da cachoeira mais alta. Depois ficamos quase uma hora conversando sobre o significado da vida, do universo e tudo mais. Deu vontade de passar uma eternidade ali, ouvindo o barulho da água. Pena que tínhamos que voltar pra fazer almoço e arrumar a casa, nem deu pra passar rapidinho no Bar dos Nefelibatas.
Chegando em casa, o resto do pessoal estava numa preguiça só, nem tinha tirado o pijama ainda. Voltemos ao mutirão do apartamento pra sair um almoço que nem lembro mais o que foi. Só sei que empilhamos nossas malas no hall do prédio e parecia uma mudança definitiva pra algum lugar longe. Viajamos no elevador de sardinha com as malas, acho que foi nessa hora que apertaram todos os andares e fomos parando de um em um. Demorou uma cota até chegar no térreo.
A pé até a rodoviária com a missão de nos livrar do pacote de pão velho, pensamos em deixar pra algum cachorro, mas não apareceu nenhum no caminho, então não sei que fim levaram os pães. O ônibus pra Atibaia também demoroooou pra chegar e não conseguimos ficar todos juntos, então aproveitei pra cochilar, acho que sou a única que não tem foto dormindo, por sorte. Eram umas 19h30 quando chegamos em Atibaia e o Allen esqueceu o celular dele na minha bolso, tendo que esperar duas semanas pra recuperá-lo.
Enfim, foi uma ótima viagem, precisamos repetir essas aventuras. Que venha o Pioférias.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Águas de Lindóia - Cap. 4

(02 de janeiro de 2010)


Desta vez, o Renan me acordou meio dia com o pretexto de que eu mesma tinha dito que era o horário limite. Os meninos Blessa, Emerson e Denão tinham saído pra buscar o café da manhã, que pela primeira vez nesta viagem foi mais reforçado. A Marlene tinha tirado disposição sei lá de onde e resolveu que tínhamos que sair andar de manhã (se bem que nem manhã era mais). Ainda tentamos convencer uma parte da galera a ficar em casa, jogar alguma coisa e sair só mais tarde, mas o Blessa tirou na moeda pra ver o que dava e saiu que iríamos dar uma volta.
Na minha cabeça, esta volta ia terminar na esquina da sorveteria. Porém, na cabeça dos outros ia ser uma volta infinita, assim até onde os pés levassem. Pegamos o sorvete e eu consegui fazer uma cratera na minha língua não sei como, só sei que não parava de sangrar. De acordo com o Allen, isso significava que estavam falando ou pensando no meu beijo, não sei de onde surgem essas teorias. Havia um lugar no caminho, sobre o riacho que parecia ser ideal para um Fogo de Conselho, lugar pra sentar, tinha até palquinho, começamos até a fazer planos pra fazer um Fogo ali à noite.
Pra falar a verdade, em Águas de Lindóia tem vários lugares estranhos, por exemplo tinha uma casa que parecia o Jardim Secreto, com uma escada quase econdida pelas trepadeiras -  aliás isso me lembra que tem uma república em Barão Geraldo chamada As Trepadeiras... Posso só pensar? Tiramos foto na tal escada do Jardim Secreto e o Allen quase invadiu a casa que parecia abandonada, mas não estava. Ficamos também imaginando se abrisse um grupo escoteiro em Águas se utilizaria o mesmo brasão da cidade, que tinha uma mulher seminua, ia ser bizarro, como diz o Renan. De fato, esta cidade, como observamos está cheia de acontecimentos fora do normal, como ter milho espalhado pela rua, coisa que o Blessa não ia deixar passar sem imitar a dança da galinha.
Continuamos a caminhada sem fim, paramos na feirinha de artesanatos. Havia pra vender um daqueles frascos de pôr pinga, com medidas e tudo, estava escrito "Reserva Especial", pensei que pro clã o ideal seria comprar um que tivesse escrito "Conserva Especial". O Denão aproveitou pra comprar o seu chinelo de frade, já que não comprou a boina do vovô. Atravessamos a longa praça central e aí resolveram entrar numa rua adiante, disseram que o sorveteiro indicara aquele caminho pra chegar nas lendárias cachoeiras. Aí eu comecei a estressar, não estava com o menor pique de continuar andando, por mim já tinha parado lá na esquina da sorveteria e eles resolvem andar mais??? E isso que ninguém tinha tomado o energético poderoso do Blessa! Naquela rua tinha outro lugar estranho, um chalé caindo aos pedaços, se não estivesse abandonado seria uma bela casa.
Continuamos a caminhada sem fim, paramos no playground, onde o Blessa foi engolido por pneus e o Renan tocou num projeto de cavaquinho. (Para entender melhor, vide fotos no orkut da May) Eu quase tive uma briga porque queria ficar sentada lá descansando e eles queriam ir atrás da cachoeira. Advinhem... fui forçada a prosseguir na caminhada infinita. Demos a volta no segundo lago, em que as capivaras nadavam alegremente. Até as capivaras pareciam mais felizes do que eu. No entanto, como disse o Denão, engatei a quarta marcha e fui, pela estrada tortuosa e enigmática. Até a Ya foi representada, ali numa placa amarela. Seguimos sem saber onde ia terminar aquilo, até que chegamos... não, não na cachoeira, mas num bar! Foi como ouvir os anjinhos cantarem:
- Ooooooooh!
Sentamos e pedimos uma gelada. Já que não tinha energético, eu precisava de algum combustível pra continuar aquela jornada não planejada. O bar se chamava Recanto dos Nefelibatas. Que raios vinha de ser nefelibata? Por incrível que pareça, apesar de ser uma palavra estranha, tinha muito a ver com a gente: aquele que "anda nas nuvens"; em literatura, diz-se do escritor que não obedece as regras literárias; no contexto geral, trata-se de uma pessoa idealista, que vive fugindo da realidade. Eu diria que sou considerada nefelibata duas vezes então! Oo
Depois da breve pausa, voltamos à jornada sem fim, que deu em umas casinhas de campo, onde batemos pra perguntar o caminho das cachoeiras. O Allen quase foi atacado pelo cachorro e saiu pulando - o Allen saiu pulando, não o cachorro. A moça simpática mostrou a entrada da trilha, que era no próprio quintal dela e fomos, não deu nem cinco minutos e chegamos na primeira cachoeira. Havia um casal nadando e talvez tenhamos atrapalhado o clima romântico, coisa que pioneiro adora fazer. Só o Allen e a Marlene entraram e eu não queria ir porque estava de calça jeans. Então tivemos a magnífica ideia de trocar de roupa eu com a Mayara. A calça dela era de ginástica então tudo bem, mas ela... uou... ficou bizarra com a calça jeans vinte números maior.
A volta do passeio foi bem mais rápida, e desta vez foi o Blessa, o Denão, a May e o Emerson que apertaram o passo nos deixando pra trás. Acho que eles ficaram com vrgonha, porque ficamos cantando músicas escoteiras o caminho inteiro desde La Bela Polenta a Mereketê (aposto que a Lele vai ficar brava porque cantamos sem ela, mas pelo menos não teve a dança diferente, não é o tipo de coisa que eu faria no meio da rua). Quando chegamos no centro da cidade, eu e a Marlene não aguentávamos mais ouvir nada e os dois não paravam de cantar. E isso que estavam todos sóbrios, imagine se não estivessem.
Lá no apartamento foi só tomar banho, fazer macarrão e dormir? Ha, piada né? Quem é que dorme por aqui? Lá se foram os últimos energéticos e as cervejas e caímos fora... pelo menos eu, a Marlene, o Re e o Allen, que queríamos sair, ver o mundo lá fora etc. E desta vez tinha muita coisa pra ver. Paramos no barzinho que o Renan queria conhecer (se bem que até xavecaram ele na entrada e olha que nem foi mulher). Três coisas: primeiro o Allen ficou xavecando a garçonete, depois não tinha mais cerveja lá (porque Itaipava nem considero cerveja) e o lanche era gigantesco, sério, nunca vi daquele tamanho! Acontece que quando fomos embora ainda era cedo. Só que as leis da física nunca explicam porque saímos cedo do bar e só chegamos 5h da manhã em casa. Melhor deixar em off que as vezes acontecem coincidências demais, é como dizem: escoteiros ainda vão dominar o mundo, estão em todo lugar!!!

(continua...)

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Pioférias2010 - Circular II

Em virtude das chuvas dos últimos dias, tivemos que mudar o local do acampamento pois o local em Piracaia nÃo está disponível, já que as comportas da represa da cidade foram abertas, causando alagamento e parte do município.
Agradecemos a compreensão de todos.

Pioférias – A caminho de Hollywood
16 e 17 de janeiro de 2010

Atibaia – SP



CIRCULAR II



INSCRIÇÃO


¥ O valor da inscrição é de R$5,00 (aproveite a oferta!!!) e inclui recursos materiais para as atividades, distintivo do evento e impressão de camiseta (traga a sua camiseta!).
¥ As inscrições poderão ser feita do dia 1º de janeiro de 2010 até 11 de janeiro de 2010.
¥ O Pioférias 2010 se restringirá a 60 inscrições para pioneiros, que serão contadas a partir das fichas de clã, enviadas até dia 11 de janeiro ou até acabarem as 60 vagas. Se for o caso, devolveremos o dinheiro das inscrições que ultrapassarem o número de vagas.
¥ Conta para depósito: será divulgada próximo à data de inscrição.
¥ Enviar cópia de comprovante e ficha do clã para os e-mails: re_zepreguica@hotmail.com e mayfurlanetto@hotmail.com;
¥ Contamos com a participação dos mestres para fazer das nossas propostas uma realização ainda melhor. Lembrando que a integração do ramo é um dos nossos principais objetivos, não só para pioneiros, mas entre os mestres também.
¥ As fichas de inscrição individual e de clã estão anexadas.

ALIMENTAÇÃO
¥ Não incluímos a alimentação nos custos da inscrição, ficando a encargo de cada clã organizar-se para trazer e executar o seu cardápio.
¥ Caso o seu clã seja muito pequeno ou você seja o único do clã, entre em contato conosco, podemos ajudá-lo a se integrar no cardápio de algum outro clã;
¥ Não esqueça que os mestres e assistentes também fazem parte do clã e, portanto, farão as refeições juntamente com os pioneiros;
¥ Sugestão de cardápio: Almoço de sábado – arroz, calabresa, salada, suco, sobremesa; Jantar de sábado – cachorro quente, suco, sobremesa; Chá da noite - chá e bolachas; Café da manhã de domingo – pão com margarina, leite, frutas; Almoço de domingo – macarrão com salsicha, salada.

LOCALIZAÇÃO
¥ A abertura do acampamento está prevista para as 10h00min do sábado, dia 16 de janeiro;
¥ O local de acampamento estará à disposição a partir das 20h da sexta-feira, dia 15 de janeiro. Os clãs interessados em chegar na sexta-feira deverão entrar em contato com a organização.
¥ Endereço: Av. Horácio Neto, S/N – Parque Edmundo Zanoni, Atibaia – SP.
¥ Como chegar em Atibaia:
http://maps.google.com.br/maps?f=q&source=s_q&hl=pt-BR&geocode=&q=Atibaia&ie=UTF8&ll=-23.096786,-46.550446&spn=0.282328,0.44014&z=11&iwloc=A
¥ Como chegar no local do acampamento:
http://maps.google.com.br/maps?f=q&source=s_q&hl=pt-BR&geocode=&q=Parque+Edmundo+Zanoni&sll=-23.096786,-46.550446&sspn=0.282328,0.44014&g=Atibaia&ie=UTF8&ll=-23.112852,-46.543837&spn=0.016657,0.027509&z=15

O QUE TRAZER?
¥ Fantasia de artista famoso ou personagem de filme de Hollywood para a festa temática, a fantasia é OBRIGATÓRIA e deve ser decente. (Entende-se como fantasias indecentes: fantasias com poucas roupas, como Tarzan, Xena, Adão, Eva e etc).
¥ Camiseta branca para impressão.
¥ Barraca;
¥ Equipamento de cozinha: fogareiro, gás, panelas, utensílios e os ingredientes dos cardápios;
¥ Toldo e lampião (opcionais)
¥ Kit papinha
¥ Estandarte do seu clã;
¥ Sua forquilha (caso seja investido);
¥ Sua manta de conselho

REGRAS
¥ 1 – O evento é um momento de encontro, intercâmbio e amizade, levando em conta os artigos da Lei Escoteira;
¥ 2 – Durante as atividades, seja tolerante e respeitador;
¥ 3 – Os participantes serão responsabilizados por eventuais danos e/ou prejuízos causados à propriedade por atos ou atitudes indevidas;
¥ 4 – Aconselhamos identificar seus pertences, pois a Organização do evento não se responsabiliza por perdas;
¥ 5 – Não entre na barraca alheia sem permissão;
¥ 6 – Álcool e drogas ilícitas são terminantemente proibidos;
¥ 7 – Tenha bom senso ao se relacionar, respeitando a integridade física e moral do próximo;
¥ 8 – Não sair do local de acampamento, exceto quando acompanhado pela organização.
¥ 9 – O uso do lenço de grupo é obrigatório durante todo o evento.

OBSERVAÇÃO:
¥ O Pioférias 2010 é um evento fechado a apenas convidados que receberam o e-mail através de coordenadores do evento, por favor, não divulgar as circulares.
¥ Quaisquer dúvidas a respeito do Pioférias 2010 e suas regras, não hesite em nos perguntar.

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sábado, 2 de janeiro de 2010

Águas de Lindóia - Cap. 3

(1º de janeiro)


Não sei porque as pessoas tem medo de me acordar, eu não sou que nem o Allen que sai xingando todo mundo de idiota! Acordei eram mais de duas da tarde, só porque certas pessoas espalharam que eu ficava mal humorada se me acordassem. Mára! Primeiro o Denão me diz que a mãe dele me conhece por "estressadinha do Acampio" e agora isso! Quase duas e meia, já tinha perdido metade do primeiro dia do ano, ótimo... A essa hora pra que tomar café? Aliás nem tinha como tomar café com o estado sórdido da mesa e da pia da cozinha... corrigindo: a casa toda estava em calamidade! Não tinha prato nem copo limpo, não tinha espaço na pia pra lavar copos, não tinha onde apoiar nem a caixa de leite! Isto é, desculpe estômago, mas você terá que esperar... Começamos o mutirão do apartamento, limpeza geral da cozinha, sala, quarto, roupas, everything. Lá se foi mais outra hora perdida do dia e só então começamos a esquentar a sobra da ceia e tinha aquele magnífico doce de coco que a mãe do Renan mandou pra gente, de-lí-cia...
Tentamos convencer a May de começar a reunião sobre o Pioférias, porque tínhamos que tirar o Denão do apê pro Allen preparar o bolo surpresa dele, mas a May resolveu que tinha que assistir "Camp Rock" e, acreditem, passamos a primeira tarde do ano assistindo essa coisa! E eu ainda de pijama... Só quando decidiram começar a reunião sobre o Pioférias que finalmente troquei de roupa.
Descemos lá pro térreo do prédio, assim o Denão ficava longe da surpresa e teríamos mais privacidade pra elaborar planos pro acampamento sem que o Allen e o Blessa soubessem. A internet 3G não queria colaborar e demoramos quase uma hora, literalmente, pra abrir o e-mail que continha a programação prévia (enquanto isso a May jogava campo minado no celular do Denão), só então as mentes começaram a trabalhar. Apesar do trabalho árduo que tivemos pra criar algumas atividades típicas de Pioférias, juro que tudo é em prol do SERVIR! Então, pioneiros, sabemos que vocês vão choramingar, nos amaldiçoar e querer nos esquartejar, mas é por um bem maior.
FALTAM DUAS SEMANAS... UHUL! Já fez sua inscrição? Não? Então corra, pois só tem vaga pra 50 pioneiros e estão acabando...
A reunião acabou por volta das 21h, então deu tempo pra deixar a mente viajar bastante. Enquanto isso o pessoal no apartamento estava tendo um siricutico por causa da nossa demora, eles queriam sair. Quando o Denão ouviu isso, resolveu tomar banho, o que nos deu a deixa pra arrumar a sala com o bolo surpresa, ou melhor, a rosca surpresa que o Allen tinha feito de presente, falaram que estava queimada, mas pessoalmente não percebi nada. Posso só pensar??? O Denão saiu do banheiro e deu de cara com a mesa arrumada e ainda assim demorou alguns segundos pra raciocinar o porquê daquilo tudo. Então parou imóvel e resmungou um "Ah! Agora caiu minha ficha...". Não cantamos parabéns nem O Denão é um bom campanheiro, porque senão ele ia ficar com vergoinha.
Saímos pra dar uma volta noturna pelo povoado de Águas de Lindóia. Queriam parar na vitrine da pizzaria pra ver o cara fazendo massa de pizza, porém mesmo aqui deve ter coisas mais interessante pra se fazer do que isso... Pelo menos a rua principal estava mais limpa que o dia anterior, a rua chamada São Paulo (detalhe: as ruas todas tem nome de estados brasileiros por aqui, exceto a rua do nosso prédio que se chamava Argentina, não que venha ao caso). A caminho da praça, foram os mesmos mocinhos do dia anterior  que pararam o carro pra nos deixar atravessar a rua, coincidência, né? Seguimos pelo caminho da praça (que eu e a Marlene já conhecíamos) e paramos na ponte pra tirar foto do casalzinho feliz. Neste momento o Allen quase caiu com a câmera dentro do lago. Passamos em frente ao hotel onde a moça que passou a mão na bunda do Renan estava hospedada, mas ele não teria como reconhecê-la pois só lembrava da roupa dela. A May e o Emerson já estavam prontos pra comprar um hot dog na praça quando começamos a falar que íamos pra casa fazer a janta. Porém no caminho desistimos desta ideia ao passar novamente pela vitrine da pizzaria, deu uma vontaaaaaaade de comer pizza.
Logo ligamos pro delivery e enquanto não chegava, começamos a rodada de adesivo na testa, um jogo cujo objetivo era descobrir o que estava escrito na própria testa. O Allen sacou logo que ele era o 50 Cent, quando descobriu que era um cantor negro (tudo bem que quando li pensei que era dinheiro e não fui a única). O Emerson também não demorou muito pra captar seu espírito de guardanapo. A maioria ali podia ter vergonha de estar com certas coisas escritas na testa, por exemplo o Denão que era um OB, apesar de que ficou testando nomes de absorventes como Always e Sempre Livre antes de finalmente descobrir. O Renan demorou pra chegar no dele, afinal primeiro tinha falado que tinha uniforme de super herói depois falaram que não, mas afinal ele era o Peter Parker, portanto não sairia com nenhum uniforme por aí. Eu nunca ia descobrir o que eu era sozinha, porque consolo não é algo que faz parte do meu vocabulário e por mais que dessem dicas eu nunca ia entendê-las porque não conheço os produtos que vendem em sex shop - mas que fique em off, teve gente que disse que até já segurou um. O mais difícil era o da Marlene, porque mesmo que ela fosse fã da Betty Boot, ia ser difícil... Pior o Blessa que chegou a chutar camisinha mas era um preservativo (agora o Renan discutindo que camisinha feminina e masculina tem o mesmo formato foi dose). E pra fechar com chave de ouro, a May demorou pra descobrir que o líquido em questão era uma conserva, quase me magoei viu. Neste meio tempo duas pizzas desapareceram junto com a caipirinha do Blessa.
Hora de dormir... tsc tsc. Não aqui, baby. Nos mudamos pro quarto pra segunda jogada, quer dizer, menos a May, o Emerson e o Blessa que quiseram ir dormir. Combinamos que seria uma rodada fácil pra não demorar muito, então foi fácil mesmo chegar no picolé ainda mais depois que o Allen deixou escapar que eu era uma sobremesa. O Allen era uma planta (que aliás nós que programamos o Pioférias ficamos gargalhando), mas ficou um bom tempo encucado por ser algo que variava de 3cm a mais de 4 metros. O Denão queria de todo jeito ser uma mulher que fizesse programa de tevê ou algum filme, mas seria uma piada de mal gosto se a Joana D'Arc fizesse um comercial de lenhas para lareira ou caixa de fósforo. E a Marlene era alguma sobremesa também, aliás doooooce de doer - só não sei onde que o Allen já viu rapadura amarela pra vender! O Renan não era líquido nem sólido, podia ser guardado em qualquer lugar, só seria estranho na cozinha, tinha muitas utilidades inclusive para fins sexuais e tinha gente que já tinha usado com outras pessoas, mas calma a vaselina também serve pra passar em tatuagem. Só expliquem pro Re que não existe vaselina em pó. Depois de todas essas crises existenciais, alguns desabaram de sono enquanto o Re ficou no msn até altas horas e, por incrível que pareça, o msn do Denão também funcionou, vai ver o computador é temperamental. Fiquei conversando com o Re e tive que mudar de lado no colchão antes que o Allen  babasse no meu cabelo. A conversa foi tão longa que uma certa hora o Renan de repente me deixou falando sozinha. Daí claro desisti e dormi. E depois de uns dez minutos fui acordada com o Renan me respondendo a pergunta que eu tinha feito antes de ele dormir. Eram possivelmente umas sete da manhã, pois o sol já tinha até nascido.

(continua...)

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Águas de Lindóia - Cap. 2

(31 de dezembro)


Apesar do despertador às 5h50 da manhã, só levantamos lá para 10h... Tinha uma caixinha onde cada um colocava o dinheiro pra rachar os gastos de comida e ficamos pensando: era melhor pegar dali e comprar as coisas do café ou ir todo mundo na padaria e tomar café lá (afinal a preguiça predominava)? Eu, May e Marlene fomos pra padaria tomar café, enquanto os meninos iam tomar banho - é, não íamos esperar as donzelas - mas... quando chegamos na padaria (Tupi) a fila era tanta que desistimos de esperar e nos contentamos com pão de forma, margarina, leite e e nescau. Depois do café, convencemos os meninos a fazerem as compras da ceia (porque diziam que não ia ter nada aberto depois do meia dia ¬¬) e nós nos encarregamos de arrumar a bagunça do apartamento.
E que bagunça, diga-se de passagem. Sorte que temos a Marlene junto. Depois nem parecia ser o mesmo quarto. Enfim, pensamos que os meninos teriam uma surpresa quando chegassem das compras, porém fomos nós que tivemos. Eles haviam saído daqui com um breve lista de compras, básica e voltaram com sacolas e sacolas de vodca e energético. Bem como eu tinha dito, nunca adianta fazer lista de compras pra homens.
Resolvemos não almoçar e sim passear pela cidade, conhecer os "pontos turísticos" e comer alguma porcaria no caminho, deixar a fome para a noite na última ceia do ano. Subimos ladeiras, até chegar no balneário (no caminho quase convenceram o Denão de comprar uma boina de vovô)... Piscinas e piscinas lá e nem tínhamos trazido biquini! Mas não importa, ninguém ia pagar R$10,00 pra usar a piscina. Pelo menos passamos pela Fonte da Beleza, onde nós, mulheres, molhamos os pés e o Allen tomou quase um banho de corpo inteiro. De qualquer forma, eu e a Marlene chegamos à conclusão mais tarde de que esta fonte não funcionava muito bem.
Paramos na praça pra tomar sorvete italiano, antes que a May tivesse uma síncope. E as abelhas ali de olho no nosso sorvete, mas acho que não tinha mel não. E ninguém sabia informar onde tinha uma cachoeira por perto, encanamos que tínhamos de ir numa cachoeira. A cidade se chamava Águas de Lindóia, tinha que ter uma cachoeira! Enquanto o Re pedia informações, o Blessa quebrava um coco na força do punho (acreditem, foi tudo filmado). Pegamos o rumo da rodoviária pra comprar as passagens de volta, só pra não correr o risco de ficarmos sem, porque, assim, sem querer ser chata, mas não seria muito animador ficar aqui pra sempre. Passamos no banco pra compensar o bolso e o Renan conseguiu esquecer a senha do cartão. Chegando na rodoviária compramos passagens para Atibaia pro domingo e ainda não entendi porque a passagem pra Atibaia é mais barata do que pra Bragança, tem coisa aí. Na volta, o Renan não quis fazer o caminho habitual, porque no outro caminho tinha uma fonte de água. Mas é perdoável, pois se não tivéssemos feito esse caminho, não teríamos visto o caminhão do Toddynho, companheiro de aventuras. Até tiramos uma foto com ele de fundo e ainda ouvimos do caminhoneiro:
- Vou cobrar direitos autorais!
Ao chegar em casa, tudo o que eu queria era deitar um pouco, mas tive que travar uma luta de travesseiros com a o Blessa e a May, eles não tiveram dó de mim, quase falei pra procurarem alguém do seu tamanho, mas não ia adiantar. Pra variar o Allen fez mais algum comentário dispensável que fez o Blessa não parar mais de repetir:
- Filtra depois fala!
E a preguiça tomou conta da galera, uma maioria preferiu cochilar depois de andar no sol escaldante de Lindóia do dia todo - e ainda por cima, mesmo com o calor, as barraquinahs de artesanato só vendiam roupa de inverno, tipo xales, gorros etc. Eu com a dor de cabeça interminável e todo mundo injuriado porque o msn do Renan era o único que entrava no pc...
Depois de um banho, sessão feminina em ação: unhas, maquiagem, cabelos e roupa. E apesar da Ya não estar aqui pra cuidar disso, acho que aprendemos muito com ela e conseguimos alguns milagres... rs. Ninguém queria, mas tivemos que acordar o Allen pra começar a cuidar da comida pra ceia, afinal é ele que manda no fogão por aqui, dá pra acreditar que ele até foi pedir um liquidificador emprestado na vizinha? Pois é.
Teve lasanha da mãe do Renan, arroz de forno by Allen, farofa com bacon de tetinha, pudim de leite condensado e a mistura poderosa do Blessa. Depois de comer, caímos fora do apartamento pra passar a virada na rua, com um trio elétrico e tudo. Tudo bem que o Blessa estourou a champagne rosa em cima da gente, na roupa branca e no cabelo que passamos horas fazendo, mas enfim FELIZ 2010! Queríamos amaldiçoar as empresas de telefonia móvel que não entregavam mensagens nem completavam ligações, e queríamos abraçar todo mundo e cantar parabéns pro Denão. Ficamos dançando, depois o Blessa, o Allen e a Marlene sumiram e advinhem: os celulares não funcionavam! Eles tinham voltado pro apê e acabamos por passar lá trocar de roupa, deixar câmeras e celulares lá e voltar pra rua dançar. O Re, então, conseguiu beijar o chão, com o tombo catastrófico que ele teve no meio da rua. A noite era uma criança, apesar de que era difícil ter gente bonita nessa cidade. Isso quando não aparecia uma dupla de Monte Sião pra perseguir a gente ou uma dupla gay pra dar em cima dos amigos. E o Renan passou a madrugada procurando a menina que tinha passado a mão na bunda dele, mas só conseguia distinguir a pessoa pela roupa dela que era a única coisa que tinha decorado. Enquanto isso, May, Emerson, Blessa e Denão estavam no sétimo sono. E o Renan gritando "ZERO" no meio da rua e o Allen fazendo a dança da minhoca, coisas assim bizarras que a gente jura que queria sumir pra não passar.
Chegamos no apartamento 5h30 da manhã e o sono não dava nem sinal, por culpa do evernético do Blessa, então fui fuçar na net e falar besteira com o Renan e o Denão. Primeiro que a minha sorte do dia no Orkut no primeiro dia do ano era: Os dias são longos e os anos são curtos. Medo... E eu me estressei com o twitter que não atualizava, mas como diz o Renan não importa porque as pessoas que nos seguem são as mais inoportunas possíveis, por exemplo Casas Bahia, por que as Casas Bahia te seguiriam no Twitter? Porque tem dedicação total a você? Ou então lembramos de todas coisas que deram errado no último Pioférias e estavam dando errado de novo, não existe uma explicação lógica pra esse acampamento ter dado certo na última vez e este ano não tem um fusca pra salvar a situação. A conversa foi bem longa com interrupções esporádicas da Marlene com os seus "hum's" e o engraçado que quando perguntamos algo pra ela, ela estava dormindo. E sabe acho que os dias serão longos mesmo este ano: eram quase 9h da manhã quando consegui cochilar...

(continua...)