segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Águas de Lindoia - Cap. 5

(03 de janeiro)


Como sobreviver com apenas duas horas de sono?
Juro, quando a Marlene me acordou, parecia que eu tinha dormido há apenas cinco minutos, até olhei pro lado pra ver se o Renan ainda estava no note! Eu queria muito ficar dormindo, mas tinha prometido que iria com a Ma e o Allen pra cachoeira de novo, então com muuuuuuuuuito custo eu levantei, tomei café (bem que podia ter sobrado algum energético) e ficamos esperando o Allen ter a boa vontade de levantar também. A hora que chamei ele, pensei que ele fosse me xingar, mas ele simplesmente virou pro outro lado e continuou dormindo¬¬.
Não é fácil permanecer consciente com duas horas de sono, mas depois que você anda o primeiro quarteirão já começa a acordar (e a lembrar das coisas do dia anterior). O caminho de ida pra cachoeira pareceu bem mais curto, acho que era porque eu estava de bom humor assim sem explicação. Se bem que devia ter uma explicação... O Allen a essa altura já tinha perdido o medo do cachorro da roça e também tinha perdido o sono. Comecei a trilha já dando vários escorregões e nem tinha chegado perto do limbo das pedras, tudo porque o único par de tênis que eu levara era pra caminhada, não trilha, quer dizer, eu nem pensei que a gente ia sair do centro da cidade, nem tinha trazido biquini pra começo de conversa.
Só digo uma coisa: a água estava muito ge-la-da... Principalmente a da cachoeira mais alta. Depois ficamos quase uma hora conversando sobre o significado da vida, do universo e tudo mais. Deu vontade de passar uma eternidade ali, ouvindo o barulho da água. Pena que tínhamos que voltar pra fazer almoço e arrumar a casa, nem deu pra passar rapidinho no Bar dos Nefelibatas.
Chegando em casa, o resto do pessoal estava numa preguiça só, nem tinha tirado o pijama ainda. Voltemos ao mutirão do apartamento pra sair um almoço que nem lembro mais o que foi. Só sei que empilhamos nossas malas no hall do prédio e parecia uma mudança definitiva pra algum lugar longe. Viajamos no elevador de sardinha com as malas, acho que foi nessa hora que apertaram todos os andares e fomos parando de um em um. Demorou uma cota até chegar no térreo.
A pé até a rodoviária com a missão de nos livrar do pacote de pão velho, pensamos em deixar pra algum cachorro, mas não apareceu nenhum no caminho, então não sei que fim levaram os pães. O ônibus pra Atibaia também demoroooou pra chegar e não conseguimos ficar todos juntos, então aproveitei pra cochilar, acho que sou a única que não tem foto dormindo, por sorte. Eram umas 19h30 quando chegamos em Atibaia e o Allen esqueceu o celular dele na minha bolso, tendo que esperar duas semanas pra recuperá-lo.
Enfim, foi uma ótima viagem, precisamos repetir essas aventuras. Que venha o Pioférias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário