segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Como pediR infoRmações no inteRioR?


Eu e May fomos logo cedo buscar o Blessa na rodoviária e enrolamos um pouco por lá porque a May tinha que ir pra aula dela em Guarulhos. Fomos eu e Blessa a caminho do Parque, falando sobre a vida alheia e eu relembrando os fatos do Interclãs... quando eu disse que a sede do Atibaia era no aeroporto de Atibaia...
- Nossa, se a rodoviária era daquele tamanho, imagina o aeroporto!
Além disso, o Blessa falou que dificilmente conseguiria voltar a pé até a rodoviária sozinho, porque todas as ruas eram de paralelepípedo e todas muito parecidas, a cada esquina tinha uma farmácia. Enfim, depois de eu narrar a minha vida escoteira quase toda, quando chegamos no Parque, o playground estava restituído, porém não era o mesmo da minha história de sempre. Logo mais o Gehre apareceu e fomos almoçar num restaurante cheio de forquilhas pintadas no balcão, especialmente pra gente! E o legal é que a mensagem que eu mandei pro Renan às 9h chegou só na hora do almoço!
O Blessa quase dormiu no famoso sofá do clã, todo destruído, de tanto que eu falava, sério, comecei a me sentir como os velhos chefes do meu grupo que contavam aquelas histórias impossíveis e longas dos velhos tempos, eu to quase lá! Por isso que quase nunca me deixam falar na ferradura. Mas desta vez, já que pediram pra eu ajudar na atividade da tropa escoteira, além de falar muuuuito com os novatos, ainda ensinei musiquinhas (isso, claro, porque o Baxter não estava lá)!
Dai o Renan chegou, dscobriu que eu tinha esquecido o chapéu de bruxa pra festa à fantasia e tivemos que passar em casa e depois buscar a may (passando no Rei da Chuleta pra devolver a panela furada do Acampio e no supermercado antes claro, onde impedi que o Re comprasse três pacotes de camisinha!)...
Pegamos a estrada, finalmente pra terra de Pinhalzinho e como pioneiro faaaaaaaaalaaaa! Haja assunto pra viagem, né, May! Aí aproveitamos pra gastar o bonus da Vivo, ligamos pro Maluquinho pra saber como estavam as coisas lá na Assembléia Regional, ligamos pra Paxão e tivemos que ligar pro Pedro porque a única coisa que o Renan conhecia em Pinhalzinho era a Igreja, e foi lá que encontramos ele e pegamos o rumo pro tal do chalé pioneiro. No caminho, o Pedro incitou o Renan a parar e pedir informações, só de zoeira. Ele quase parou numa mulher, mas:
-Não, não, essa é muito feia, espera aparecer outra.
Claro que a próxima escolha foi bem melhor: um velhinho, que tentou explicar o caminho que não sei onde ia dar, mas tinha que daR a voRta, viRaR a esqueRda e depois desceR, várias frases continuadas com R's retroflexos que só tem lá em Pinhalzinho. Chegamos no chalé e batizamos o novo cãozinho do Pedro de Elle. May ligando pro Thiago, eu ligando pra Karol de novo, enquanto o Pedro cozinhava... E tive a infeliz idéia de deixar o Renan falando no meu celular, quando vi ele tinha desmontado meu aparelho!!! Ai chegou o René com o lendário Opala atolado de colchões, descarregamos e depois abarrotamos o Celta do Renan (aliás falaram assim que dava pra fazer uma boa dupla: René e Renan) para buscar o resto do povo. Como coube 7 pessoas naquele carro? Não sei, é milagre. No caminho, claro que eles foram pedir informação. E tinha que ser para uma índia e uma dançarina de Can Can:
- Moças, vocês sabem onde tem um motel aqui perto?
- Motel? Ixi, aqui não tem não.
- E tipo um hotel? ou pousada?
- Ah, tem uma pousada ali no centro, sabe?
- Não, a gente não é daqui, vocês não querem entrar pra ajudar a gente no caminho?
- Tem só vocês dois aí? (indicando o Renan e o Blessa)
- Não, tem mais três aqui atrás.
- Ah, então não dá.
- Vocês vão na festa à fantasia?
- Vamos!
- Então nos vemos lá.
E o Pedro rachando no banco de trás. Mas não pára por aí! Na volta, quando já havia 7 pessoas amontoadas no Celta e a May no meu colo, com o Renan passando a mil nas lombadas...
- LOMBAAADAAAAAAAAAAAAAA!
- AH!
... e o Blessa reclamando que o freio de mão tava pegando no ísqueo dele (-Ai, meu ísqueo!), Renan estaciona na descida pra pedir mais informações, desta vez pra um tiozinho cabeludo e magrelo.
- Por favor, você sabe onde tem um motel aqui perto?
- Olha, acho que tem na entrada da cidade, sabe? indo pra Bragança...
- Será que lá eles alugam quarto pra sete pessoas?
POSSO SÓ PENSAR???
E o Blessa não parava de cutucar o Renan, ninguém aguentava mais segurar o riso. A última vez que o Renan pediu informação foi realmente a última pois um casal gay começou a dar em cima dele. Ainda faltava a gente jantar o arroz e a linguiça do Pedro, quer dizer, que o Pedro tinha feito pra gente, ops, e trocar de roupa. Até ligamos pro Rael, enquanto o clã de Pinhalzinho estava ensaiando a performance do Village People.
Eu já estava babando de sono encima da mesa, quando resolveram sair pra festa e eu morrendo de frio porque o René não quis me emprestar o casaco dele. Finalmente chegamos ao Cabana, com os convites na mão (o meu era o 13, passe de sorte?). Nem preciso falar da animação da nossa rodinha, com um Pedro índio (desenhado a guache pelo Renan) e um Mateus Presley sem topete causando na pista. Até agora não entendo como sempre o copo do Mestre Dênis ia parar na mão da May, toda hora, e nem porque o Renan insistiu que eu não podia ficar com o meu celular, eu nem ia mandar alguma mensagem! Aí fiquei emburrada na cadeira, porque não devolviam meu celular, mas tudo bem, não fiquei lá por muito tempo. Aliás tempo é algo relativo, passou tudo muito rápido, quando vi, já tínhamos voltado a pé pro chalé, quase quatro da manhã, depois que desistimos de achar a blusa do Blessa e a o cachecol do Renan.
-Cara, cadê minha blusa?
E quando parecia que fazia cinco minutos que eu tinha dormido, bateram na porta. Era o pai do René, que tinha batido o lendário Opala num poste. Quem disse que dava pra dormir depois disso? Ainda aparece o chefe Marcelo acordando todo mundo e eu com cara de zumbi reclamando com a May que estávamos com fome. Sorte que teve uma alma bondosa que foi buscar pão e leite (apesar de que ninguém quis comentar sobre o leite).
Tentamos de tudo pra achar a blusa do Blessa, ligamos feito loucos pra todo mundo e nada da blusa.
- Cara, cadê minha blusa?
Era bem possível que ela tenha ficado dentro do Opala destruído, que já tinha sido guinchado. Mas isso não tinha como saber. Até esperamos o Dênis chegar e rodamos Pinhalzinho inteira de novo (desta vez sem pedir informações) pra quem sabe achar a blusa na casa do Matheus ou do Nathanael, mas não. Sem esperanças e ainda com muito sono, partimos de Pinhalzinho no Celta de sempre rumo à Atibaia. Uma breve pausa na estrada pra fotografar a placa: Pinhalzinho 24 km Socorro 30 km! Essa não podia faltar... E em Bragança paramos numa padaria pra comprar água, porque a sede tava intensa.
Era quase uma da tarde quando chegamos de volta e o Blessa ainda teria mais tempo pra cochilar no ônibus pra Sampa.
Só mais uma pergunta:
- Cara, cadê minha blusa?

2 comentários:

  1. aHUHUAhuAUhahuaHUAuaHUHAuha... Aesar de alguns inprevistos, foi muito divertido... Parabéns pelo blog, realmente, muito legal ^^ Ah, e o Leite era realmente horrível... uhaHUAhua

    ResponderExcluir
  2. ow véi..´so uma pergunta...cade minha blusa?!

    ResponderExcluir